terça-feira, 31 de janeiro de 2023

2022 em 222 Filmes

Não é possível singularizar o cinema, sendo um vasto campo de linguagem visual e sonora. Pode ser um refúgio, quando não queremos nos inteirar do mundo, e a realidade à nossa volta, ainda assim posso dizer, que o que busco no cinema é uma completude, o "eu mesmo". Cinema pode ser sobre "olhar para fora", mas também, algumas narrativas conseguem me fazer sentir como se tivesse "olhando para dentro". O tipo de experiência que em busca, parece escassa. O cansaço e a "falta de vida" se apoderaram de mim em 2022, e como reflexo, meus sentidos para o cinema também parecem ineptos. O cinema envelheceu, e perdeu a forma? Ou minha visão que envelheceu, e perdeu o brilho?

Em 2022, a parte quebrada do meu coração foi reparada, mas ainda assim, minha vida continuou um desastre. Como resolver toda a bagunça?

...

Isso tudo é um esforço inútil, um amontoado de palavras enferrujadas, e mal empregadas? Uma imitação por alguém sem o mesmo talento, daqueles que tem a habilidade de adentrar, e expurgar o cinema?

...

Para aonde irá a vida? 

Não sei.

Esse post deveria ter sido realizado em 31 de Dezembro, exato um mês depois, ainda estava por aqui nos rascunhos. A cada vez que tentava escrever, a vida me impedia, e a minha cabeça se perdia. Ainda assim, estará aqui um resumo das minhas percepções à respeito do cinema ano passado.

Se o resultado será visto como ruim, pedante, vago... Quem se importa?

A seleção considera apenas títulos exclusivamente lançados em 2022:

Aftersun (dir. Charlotte Wells)


O som da reprodução das gravações de um miniDV, seguido pelo primeiro vislumbre de Sophie (Frankie Corio) e Callum (Paul Mescal), enquanto que em meio às imagens com falhas pixeladas, uma mulher surge em meio a multidão escura que se revela por flashes de luz... Os primeiros minutos de Aftersun já nos inteiram do 'todo' que resume Aftersun, Charlotte Wells expressou verdadeiros fragmentos de memória, por onde se é possível revisitar e continuar descobrindo mais e mais, da ordinária e fantástica viagem entre pai e filha. Um tiro certeiro no coração. Um retrato do se afogar na depressão. Uma vontade gigantesca de abraçar, e se apegar ao momento, ao agora, alcançar o antes... Enquanto é possível. Enquanto durar.

X (dir. Ti West)

Ti West divaga sobre a morte, o envelhecimento, e a indústria pornô, como resposta para dar continuidade ao estrelato daqueles que querem alcançar seus sonhos. Não é transgressor como um verdadeiro filme setentista, mas uma bela amostra de como reinterpretar o espírito da época.

Holy Spider (dir. Ali Abbasi)

Uma afronta, puramente sátirica em prol de ilustrar uma sociedade religiosa e patriarcal, dominada por preceitos morais, que são perpetuados e estimulados distorcidamente de tal forma, que já engoliram todo o senso comum, de se olhar para o próximo como um ser humano, e não com um olhar apedrejador de carrasco.

Stars at Noon (dir. Claire Denis)

O grande exemplar sobre como fazer um registro de dois corpos em tensão sexual, e em perigo, como elementos fluentes do extra-campo. É sobre intimidade, jogo de sedução, dúvidas, e também sobre como Trish (Margaret Qualley) e Daniel (Joe Alwyn) são moedas físicas de escambo num mundo atual, que parece abandonado nas questões de civilidade, e muito lembra uma hostil colônia imperialista, que não teme por derrubar seus cidadãos, que clamam por libertação.

The Fire Within: A Requiem for Katia and Maurice Krafft (dir. Werner Herzog)

A única e mais inacreditável ópera vulcânica.

I Love My Dad (dir. James Morosini)


James Morosini interpreta a si mesmo nesta dramatização de uma absurda história real de catfish entre pai e filho, nos colocando diante de conhecidas dores familiares. 

Funny Pages (dir. Owen Kline)


Anárquico, obsceno e irreverente como comédia emulando o tipo de encenação porca e barata. Owen Kline nos oferece uma jóia, indo além do que é conhecido como "cinema independente americano".

Riget: Exodus (dir. Lars von Trier)


Tratemos como evento cinematográfico, aquilo que sempre foi avaliado como tal. Lars von Trier retomou a sua famosa série de TV, ao mesmo tempo que se reuniu com Bodil Jörgensen, para entre muitas coisas, discutir o cancelamento de sua persona de uma maneira mais divertida, do que esperado.

Pinóquio (dir. Guillermo Del Toro)


Não! Não Olhe! (dir. Jordan Peele)

Uma excitação frenética percorre o novo filme de Peele, que rodeia um evento fantástico em torno de uma criatura misteriosa nos céus, com personagens que assumem o protagonismo que não lhes foi dado crédito anteriormente na indústria. O grande exercício de metalinguagem em 2022.

Viens Je t'emmene (dir. Alain Guiraudie)

Guiraudie vai deturpando os códigos morais e civis para debater sobre a civilidade; um problema de condomínio ilustra o problema de toda a nação francesa, atualmente em um termo indefinido com a xenofobia e os crescentes casos de terrorismo.

Resurrection (dir. Andrew Semans)



As Bestas (dir. Rodrigo Sorogoyen)

Quando os códigos morais e a civilidade são colocados a prova, neste thriller dramático sobre tensão xenofóbica elevado às alturas, até as últimas consequências, que Sorogoyen de alguma forma consegue dar continuidade quando parece ser o fim da linha.

R.M.N. (dir. Christian Mungiu)

Assim como o anterior, é uma amostra explosiva das transformações de uma herança primitiva e hostil na Europa atual.

Godland (dir. Hylnur Pálmason)

Um filme sobre o embate do homem, contra ele mesmo, em uma leitura sobre a terra como herança à preço de sangue em nossa civilização.

Adult Swim Yule Log (dir. Casper Kelly)



Era Uma Vez Um Gênio (dir. George Miller)

Unrueh (dir. Cyril Schäublin)

O desejo pela anarquia e o tempo registrados em um filme formidável, e contrário à toda linha de cinema atual.

Berdreymi (dir. Guðmundur Arnar Guðmundsson)


A velha história sobre violência juvenil, entre vítima e praticantes de bullying sendo recontada sobre a beleza de uma lente inspirada.

Terrifier 2 (dir. Damien Leone)


Leone em meio a rotulação excessiva, e ambiciosa (afinal são mais de duas horas dedicadas a jornada do palhaço assassino, perseguindo dois jovens irmãos por motivo nenhum), garante momentos de pura excelência como artsy horror e gore confeccionado.

Feed Me (dir. Richard Oakes)

Continuando a falar de horror gráfico e visceral, Feed Me é o mais torpe em humor, em meio a uma relação sádica entre canibal e comida (!!!).

Darlings (dir. Jasmeet K Reen)

A violência doméstica, e a ramificação de veias complexas na Índia, que estimula a velha ordem de gênero (o homem a força dominante, e mulher submissa em casa) sendo belamente dramatizada na estréia da diretora Jasmeet K Reen. Lágrimas, risos, vingança e um pouco de esperança à frente.

Aisha (dir. Frank Berry)

Frank Berry resgatando o toque humano, sutil e gentil para as tantas violências que os imigrantes, e refugiados sofrem hoje pela Europa.

The Banshees of Inisherin (dir. Martin McDonagh)


En Corps (dir. Cédric Klapisch)

Nocebo (dir. Lornecan Finnegan)

Fez de uma esquisitice repugnante visual um atributo, com diversas cenas desconfortáveis, envolvendo alucinações, deformidades físicas e animais e insetos assumindo papéis místicos assustadores, onde nessa narrativa "acreditar é importante", como bem dito por uma das personagens.

The Silent Twins (dir. Agnieszka Smoczynska)

My Small Land (dir. Emma Kawawada)


Cinco Lobitos (dir. Alauda Ruiz de Azua)

Totsukuni No Shojo (dir. Yutaro Kobo, Satomi Maiya)

Catherine Called Birdy (dir. Lena Dunham)

O filme para a Bella Ramsey brilhar, antes de The Last of Us. E que deveria ser o início de muitas outras aventuras dela como a Passarinha . 

Significant Other (dir. Robert Olsen, Dan Berk)

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (dir. Daniel Schneirt, Daniel Kwan)

Bros (dir. Nicholas Stoller)

Pearl (dir. Ti West)

Emily the Criminal (dir. John Patton Ford)

To Leslie (dir. Michael Morris)

Nada de Novo no Front (dir. Edward Berger)

A readaptação do clássico literário é ironicamente menos atentada em cutucar o mundo atual, e mais fiel em construir a traumática experiência nas trincheiras durante a guerra. Berger filma cenas dignas de pesadelos do embate homem versus homem. 

Os 4 Canalhas (dir. Timo Tjahjanto)

O melhor da violência caricatural tarantinesca em 2022.

Fire of Love (dir. Sara Dosa)

Passei Por Aqui (dir. Babak Anvari)

Nude Tuesday (dir. Armagăn Ballantyne)

Christmas Bloody Christmas (dir. Joe Begos)

Candy Land (dir. John Swab)

Devil's Workshop (dir. Chris von Hoffmann)

Le Pupille (dir. Alice Rohrwacher)



O Garoto, A Toupeira, A Raposa e o Cavalo (dir. Peter Baynton, Charlie Mackesy)

Lucy and Desi (dir. Amy Poehler)

RRR (dir. S.S. Rajamouli)

Tico & Teco: Defensores da Lei (dir. Akiva Schaffer)

Cha Cha Real Smooth (dir. Cooper Raiff)


TÁR (dir. Todd Field)

O Peso do Talento (dir. Tom Gormican)

Hypochondriac (dir. Addison Heimann)

Master of Light (dir. Rosa Ruth Boesten)

You Won't Be Alone (dir. Goran Stolevski)

Marte Um (dir. Gabriel Martins)

Um filme que, apesar dos pesares, compreende o sofrimento do brasileiro, da volta pra casa do trabalho, aos sonhos que são impedidos de alcançar. 

Sorria (dir. Parker Finn)

Close (dir. Lukas Dhont)

Argentina, 1985 (dir. Santiago Mitre)

Dual (dir. Riley Stearns)


Return to Dust (dir. Li Ruijun)


Um filme duro e cruel sobre as vítimas do atual mundo materialista na China, e a manutenção precária de vida daqueles que sobrevivem manuseando a terra em meio ao avanço tecnológico, de uma sociedade que lhes fez invisíveis. 

A Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti (dir. Paulo Biscaia Filho)


Slash/Back (dir. Nyla Innuksuk)

Sniper: The White Raven (dir. Marian Bushan)


1-800-Hot-Nine (dir. Nick Richey)

Good Luck to You, Leo Grande (dir. Sophie Hyde)

Uma aula de reeducação sexual, consequência do rígido ensino catolicista na Inglaterra filmada entre quatro paredes de um hotel. Só ferve de fato, nos momentos finais, mas há uma boa prosa trocada sobre experiências de vida antes, a respeito da diferença geracional.

Glorious (dir. Rebekah McKendry)

Blaze (dir. Del Kathryn Barton)

Corsage (dir. Marie Kreutzer)

O Território (dir. Alex Pritz)

The Eternal Daughter (dir. Joana Hogg)

Fogo-fátuo (dir. João Pedro Rodrigues)

La Caída (dir. Lucía Puenzo)

Floodlights (dir. Nick Rowland)

Good Night Oppy (dir. Ryan White)

Les Vedettes (dir. Jonathan Barré)

The Janes (dir. Tia Lessin, Emma Pildes)

The Girl from Dak Lak (dir. Pedro Román, Chi Mai)

Nana (dir. Kamila Andini)

O Exorcismo da Minha Melhor Amiga (dir. Damon Thomas)

The Last 10 Years (dir. Michihito Fujii)

Grand Jeté (dir. Isabelle Stever)

Tagurpidi torn (dir. Jaak Kilmi)

Clerks III (dir. Kevin Smith)

Tenéis que venir a verla (dir. Jonás Trueba)

Emily (dir. Frances O'Connor)

Cerdita (dir. Carlota Pereda)

A Love Song (dir. Max Walker-Silverman)

Arremessando Alto (dir. Jeremiah Zagar)

Shin Ultraman (dir. Shinji Higuchi)

O Predador: A Caçada (dir. Dan Trachtenberg)

Nothing Compares (dir. Kathryn Ferguson)

It Is In Us All (dir. Antonia Campbell Hughes)

Descendant (dir. Margaret Brown)

Don Juan (dir. Serge Bozon)

Peter Von Kant (dir. François Ozon)

Metal Lords (dir. Peter Sollett)

Coupez! (dir. Michel Hazanavicius)

Men (dir. Alex Garland)

Soft & Quiet (dir. Beth de Araújo)

The Immaculate Room (dir. Mukunda Michael Dewil)


Sobre tirar a prova o seu amor. Nem suspense, e nem romance. Talvez isso que defina os altos e baixos de um relacionamento?

Lou (dir. Anna Foerster)

Seria mais um exemplar de ação brucutu, previsível e com contornos irritantes, só não contavam que dessa vez teriam uma performer feminina com tanto coração a oferecer.

Sharp Stick (dir. Lena Dunham)

Lena Dunham em um nível de condescendência progressista ao extremo para discutir a liberação feminina. Um exemplar de percepção errônea que mostra como a capacidade de uma estrela pode sustentar tanto um argumento.

Crimes do Futuro (dir. David Cronenberg)

Pânico (dir. Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett)

O retorno da franquia conta com um bom elenco, com uma péssima utilização de personagens, sendo extremamente fragilizado pela mudança de direção, a não ser, pelo ato final, aonde a dupla melhor compreende o argumento autoconsciente deixado por Wes Craven e Kevin Williamson.

The House (dir. Paloma Baeza, Niki Lindroth von Bahr, Emma de Swaef, Marc James Roels)

In the Heart of Machine (dir. Martin Makariev)

Brian and Charles (dir. Jim Archer)

A Wounded Fawn (dir. Travis Stevens)

Watcher (dir. Chloe Okuno)


Studio 666 (dir. B.J. McDonnell)

The Novelist's Film (dir. Hong Sang-Soo)

The Batman (dir. Matt Reeves)

Triangle of Sadness (dir. Ruben Östlund)

El norte sobre el vacío (dir. Alejandra Márques Abella)

The Quiet Girl (dir. Colm Bairéad)

Los Agitadores (dir. Marco Berger)

Avec Amour et Acharnement (dir. Claire Denis)

A E I O U - Das schnelle Alphabet der Liebe (dir. Nicolette Krebitz)

Les Années Super 8 (dir. Annie Ernaux, David Ernaux-Briot)

O Monastério (dir. Bartosz M. Kowalski)

Morte, Morte, Morte (dir. Halina Reijn)

God's Country (dir. Julian Higgins)

Incroyable mais vrai (dir. Quentin Dupieux)

Red - Crescer é uma Fera (dir. Domee Shi)

Moonage Daydream (dir. Brett Morgen)

David Bowie, o mito transformado em dialética. Cinema criado a partir das suas próprias palavras, que não mergulha muito além das imagens de arquivo, para o interior de quem ele verdadeiramente deve ter sido.

A Garota da Foto (dir. Skye Borgman)

Não Se Preocupe, Querida (dir. Olivia Wilde)

Speak No Evil (dir. Christian Tafdrup)

Os últimos minutos mais revoltantes, dentro do filme de "tragédia anunciada" mais previsível e predestinada em 2022. Torturante nos bons, e maus sentidos.

Utama (dir. Alejandro Loayza Grisi)

Master (dir. Mariama Diallo)

O giallo não se mantém apenas em expressão fonética no nome da diretora, como é parte do espírito desse suspense/drama indefinível em direção sobre racismo, e magia.

Joyride (dir. Emer Reynolds)

Les enfants des autres (dir. Rebecca Zlotowski)

Tytöt tytöt tytöt (dir. Alli Haapasalo)

Brainwashed: Sex-Camera-Power (dir. Nina Menkes)

Babysitter (dir. Monia Chokri)

Além do Universo (dir. Diego Freitas)

Call Jane (dir. Phyllis Nage)

What We Leave Behind (dir. Illiana Sosa)

Matriarch (dir. Ben Steimer)

Three Months (dir. Jared Frieder)

(dir. Arie Posin)

Revealer (dir. Luke Boyce)

Moloch (dir. Nico van den Brink)

Sem Saída (dir. Damien Power)

Águas Profundas (dir. Adrian Lyne)

The Other Me (dir. Giga Agladze)

Amor com Fetiche (dir. Park Hyun-jin)

Syk Pike (dir. Kristoffer Borgli)

O Milagre (dir. Sebastián Lelio)

Em meio a narração metalinguística, se manteve pé no chão demais recontando uma história ordinária sobre religião e violência de gênero. Tá certo que ecoa muito na modernidade, mas não ousa em formato como prometido.

Alcarras (dir. Carla Simon)

American Carnage (dir. Diego Hallivis)

O terror sobre gente velha, com efeitos old school não colou tanto assim.

Tiny Cinema (dir. Tyler Cornack)


Uma coleção de seguimentos bizarros, repleta de perversões freudianas atrativas, mas com "pouco cinema".

Decisão de Partir (dir. Park Chan-Wook)

Skinamarink (dir. Kyle Edward Ball)

Joyland (dir. Saim Sadiq)

Os Fabelmans (dir. Steven Spielberg)

Convite Maldito (dir. Jessica M. Thompson)

Un été cinema ça (dir. Denis Côté)

Nanny (dir. Nikuatu Jusu)

(dir. Jennifer Kaytin Robinson)

Dead for a Dollar (dir. Walter Hill)

Noites Bárbaras (dir. Zach Cregger)

Paloma (dir. Marcelo Gomes)

Kika Sena é uma luz radiante, de presença gigante em um terrível show de torturas sobre a faceta de relato da dura realidade trans.

Breaking (dir. Abi Damaris Corbin)

Stay the Night (dir. Renuka Jeyapalan)

Occhiali Neri (dir. Dario Argento)

A grande volta do maior diretor italiano, não tem nada de grandiosa, enquanto o que há de melhor são as pequenas doses de afeto para com os personagens marginalizados.

Hatching (dir. Hanna Bergholm)

V/H/S 99 (dir. Johannes Roberts, Flying Lotus, Tyler MacIntyre, Maggie Levin, Joseph Winter e Vanessa Winter)

Apollo 10½ (dir. Richard Linklater)

La Nuit du 12 (dir. Dominik Moll)

Aavasavyuham (dir. Krishand)

Curioso uso do formato televisivo e jornalístico, com uma criação de mitologia de experimento de ficção científica, mas que não se sustém por muito tempo a partir da dramatização de eventos.

Ela Disse (dir. Maria Schreider)

Torn Hearts (dir. Brea Grant)

O Desconhecido (dir. Thomas M. Wright)

Satan's Slaves 2: Communion (dir. Joko Anwar)

The Lair (dir. Neil Marshall)

Spiderhead (dir. Joseph Kosinski)

Anything's Possible (dir. Billy Porter)

The Leech (dir. Eric Pennycoff)

Bitch Ass (dir. Bill Posley)

Bhoothakaalam (dir. Rahul Sadasivan)

Sublime (dir. Mariano Biasin)

The Cellar (dir. Brendan Muldowney)

Athena (dir. Romain Gavras)


Project Wolf Hunting (dir. Kim Hong-sun)

The Loneliest Boy in the World (dir. Martin Owen)

Alice (dir. Krystin Ver Linden)

In from the Side (dir. Matt Carter)

God's Creatures (dir. Anna Rose Holmer, Saela Davis)

Carvão (dir. Carolina Markowicz)

Nostalgia (dir. Mario Martone)

Gone in the Night (dir. Eli Horowitz)

Broker (dir. Hirozaku Koreeda)


Fresh (dir. Mimi Cave)

Chamas da Vingança (dir. Keith Thomas)


A Luz do Demônio (dir. Daniel Stamm)

Dear Zoe (dir. Gren Wells)

Bigbug (dir. Jean-Pierre Jeunet)

De openbaring (dir. Chris W. Mitchell)

Till (dir. Chinonye Chukwu)

Um dos casos mais chocantes, e importantes para entender a história da violência racial nos EUA, ganhou um horrendo retrato que suga a imagem do sofrimento de suas vítimas.

Blonde (dir. Andrew Dominik)

Eis o que você teria se o Harvey Weinstein fosse libertado da prisão, e tentasse se provar inocente através de um filme, filmando atrizes vítimas da indústria e produtores.

Pacifiction (dir. Albert Serra)

Bardo, ou Falsas Crônicas de Algumas Verdades (dir. Alejandro González Iñárritu)

Flux Gourmet (dir. Peter Strickland)

365 Dias: Hoje (dir. Barbara Białowas)


The Gray Man (dir. Anthony Russo, Joe Russo)

As cenas de Ryan Gosling e Ana de Armas em Blade Runner 2049, deixaram tamanha impressão para a comunidade cinéfila na década passada, que os Russo decidiram gastar milhões da Netflix, só para ligeiramente chegar perto de construir um momento plástico daqueles.

Les Passagers de la nuit (dir. Mikhäel Hers)

jeen-yuhs: A Kanye Trilogy (dir. Chike Ozah, Coodie Simons)

Os primeiros dois capítulos são uma valiosa documentação sobre quem Kanye West foi, enquanto o terceiro se perde em conexão tanto dos diretores com o próprio, junto a grande questão sobre quem ele se tornou hoje.

The Inspection (dir. Elegance Bratton)

O Homem do Norte (dir. Robert Eggers)

A ferocidade e o fascínio mitológico de Eggers, indo de encontro a vingança viking aproximada a origem de Hamlet. Desses filmes que nem quis fazer parte da discussão, o que é aproveitável, é aproveitável.

Werewolf by Night (dir. Michael Giacchino)

"Uma produção fora da caixinha" da Marvel, como estréia de renomado compositor, que não pensa muito além do visual plástico.

Sick (dir. John Hyams)

Home invasion nos tempos de pandemia, que leva ao pé da letra o que também seria "o horror nos tempos de pandemia". Tem o melhor do que se via há 20 anos atrás, em slashers curtos e sangrentos, mas eficientes o suficiente para nos colocar dentro da narrativa, como também as piores características, como uma motivação mal desenvolvida.

Armageddon Time (dir. James Gray)

Esse só pode ser resumido em linguagem de usuário de Twitter. James Gray em sua autobiografia ficcional, nos choca pela visão de consciência em posição de homem branco privilegiado.

Até os Ossos (dir. Luca Guadagnino)

Uma mistura pop de amor e canibalismo, que oferece o que seria possível desses elementos.

EO (dir. Jerzy Skolimowski)

Skolimowski em homenagem ao amor para o Balthazar de Robert Bresson, esquece de contornar a truculência presente na linguagem violenta de seu cinema moderno. Uma jornada pela Europa atual sem magia, ou empatia.

2022 em 222 Filmes

Não é possível singularizar o cinema, sendo um vasto campo de linguagem visual e sonora. Pode ser um refúgio, quando não queremos nos inteir...